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sexta-feira, março 10, 2023

Os 4 pilares da inteligência emocional



O que é inteligência emocional?

Inteligência emocional é a habilidade de identificar, compreender e gerenciar as emoções de forma eficaz, tanto em si mesmo quanto nos outros. Envolve a capacidade de reconhecer as emoções em si mesmo e nos outros, entender as causas das emoções e saber como lidar com elas de forma adequada.

A inteligência emocional é composta por várias habilidades, incluindo:

  1. Autoconsciência emocional: A habilidade de reconhecer suas próprias emoções e como elas afetam seus pensamentos e comportamentos.

  2. Autorregulação emocional: A habilidade de gerenciar suas próprias emoções e comportamentos de forma adequada e eficaz, mesmo em situações estressantes ou desafiadoras.

  3. Motivação emocional: A habilidade de usar as emoções para direcionar e sustentar a motivação em relação a metas pessoais e profissionais.

  4. Empatia: A habilidade de reconhecer as emoções dos outros e se colocar no lugar deles, entendendo seus pontos de vista e perspectivas.


    5. Habilidade social: A habilidade de interagir com os outros de maneira eficaz e agradável, utilizando as habilidades anteriores para criar e manter relacionamentos saudáveis.

    A inteligência emocional é importante em muitas áreas da vida, incluindo trabalho, relacionamentos pessoais e saúde mental. Pessoas com alta inteligência emocional tendem a ter mais sucesso em suas carreiras, ter relacionamentos mais satisfatórios e ser mais resilientes diante de desafios e estresse. A inteligência emocional pode ser desenvolvida e aprimorada com a prática e o autoconhecimento.

E quais são os 4 pilares da inteligência emocional?





 



Esses quatro pilares estão interconectados e se fortalecem mutuamente. A inteligência emocional é uma habilidade que pode ser desenvolvida e aprimorada com a prática e o autoconhecimento.

domingo, fevereiro 17, 2019

Pauta da 1ª reunião de Pais e Mestres - Turma do 3º ano



A reunião com a minha turma do 3º ano, no Colégio Dom Bosco, teve início com a direção e a pastoral tratando de assuntos gerais para toda a escola. Depois os pais são encaminhados para a sala de aula para que cada professora trate das especificidades da sua turma.
Iniciei minha reunião com uma breve dinâmica "Quem sou eu?" para que os pais descubram através dos recadinhos e desenhos das crianças quem era os filhos. 


ASSUNTOS ABORDADOS DURANTE A REUNIÃO PEDAGÓGICA.
  • ·         A primeira reunião é para falar sobre aspectos gerais das normas da escola e sobre alguns pontos importantes e específicos sobre a turma. Caso algum pai queira falar algum assunto mais específico deverá agendar com a coordenação.
  • ·         Alunos que são laudados os pais devem apresentar o laudo atualizado para a coordenação para que seja feito um trabalho mais efetivo com a criança.
  • ·         Horário de início e término das aulas. A importância de chegar no horário, correção dos deveres de casa, tira-dúvidas antes das avaliações, leitura integral da avaliação com explicações de termos mais complexos, explicar que anos de terceiro ano já estão aptos a realizar as avaliações sozinhos que somente em casos de alunos laudados eles possuem esse direito por lei de ter um ledor durante a prova que no caso pode ser a professora ou de acordo com as orientações do especialista o aluno poderá realizar a avaliação fora de sala.
  • ·         Identificação de todo o material escolar, pois os alunos perdem os materiais e esquecem que são deles, isso facilita a devolução.
  • ·         Observação do estojo regularmente para verificação da necessidade de reposição de materiais como lápis, borracha, etc;
  • ·         Observação da mochila regularmente para verificação: material correto, brinquedos fora do dia, etc;
  • ·         Mochila: ajudar o filho a ter mais autonomia na organização do material, frisando sempre da importância do material está completo, mostrar que ele deve conferir sempre a grade horária para a organização adequada do material e olhar também os deveres e lembretes anotados na agenda
  • ·         Sistema de ocorrência diárias (mapa de acompanhamento e algumas vezes bilhetes na agenda).
  • ·         Tarefas enviadas para casa diariamente. Na semana de avaliação as tarefas serão de revisão para estudo e às vezes não teremos atividades de casa para que o aluno dedique-se integralmente aos estudos.
  • ·         Falta de aluno: assim que o aluno retornar as atividades xerografadas e de livro serão enviadas, sendo que no caso de cópia de caderno os pais podem solicitar via e-mail ou se o pai preferir pode vir até a escola buscar o material – neste caso avisar para que o material seja separado e deixado ao final da aula na recepção da escola).
  • ·         Sistema avaliativo 2º ao 4º ano:
  •  AV1 – 10 pontos (formativa) – participação, comportamento, dever de casa e atividades de sala.
  •  AV2 – 8,0 pontos
  • AV3 -  12, 0 pontos
  •  
  • No 3º trimestre:
  • Av1 – 10
  • Av2 – 14 ( 7 avaliação + 7 jornada científica)
  • AV3 - 16
  • ·         Formativa – 10, 0 pontos (2,0 – comportamento, 2,0 – participação – 2,0 deveres de casa – 4,0 atividades de sala e trabalhos). O projeto literário será pontuado tanto como dever de casa quanto como na nota de trabalhos.
  • ·         Formativo comportamental: conversa excessiva, desrespeito com o colega ou professor; desrespeitou o momento cívico ou religioso, não participou da aula, brincou durante a aula.
  • ·         Formativo quantitativo: tarefa de casa não realizada, tarefa de casa incompleta (sem justificativa), dever de aula incompleto, caderno incompleto, sem material de aula, envolvido em indisciplina.
  • ·         Disciplina dentro de sala e no Colégio. Importante o apoio dos pais fazendo as intervenções necessárias com os filhos.
  • ·         Correção de livros e cadernos / Diferentes tipos de correção: correção coletiva feita no quadro, correção individual feita pelo educador.
  • ·         Tarefa de casa (importância, necessidade, periodicidade, quantidade). Lembrar que o aluno deve fazer sozinho, o responsável deve apenas orientar e supervisionar. O dever de casa é explicado durante a aula para que o aluno tenha autonomia para realizar assim como ocorre em sala de aula.
  • ·         Manual do aluno (agenda – fazer a leitura para tomar ciência de vários assuntos)
  • ·         Uso da agenda impressa/ importância da atenção da família para recados, circulares, anotações gerais.
  • ·         Cadastro do e-mail junto à secretaria: vários recados, circulares e bilhetes são enviados por lá.
  • ·         Atividades pedagógicas fora do colégio. (Importância do uso do uniforme no dia, assinatura e autorização devidamente preenchida).
  • ·         Laboratório de Ciências (uso do jaleco)
  • ·         Jogos em aula
  • ·         Ortografia e o uso do dicionário
  • ·         Projeto literário (Importância, periodicidade papel da família na manutenção e continuidade do projeto, incentivo à leitura, objetivos do Projeto).
  • ·         Leitura: será cobrada e avaliada a leitura e um trabalho de contextualização de todos os livros adotados em cada trimestre.
  • ·         Medicamentos enviados pelos pais diretamente pelos alunos para que sejam administrados. O colégio não medica alunos com febre. A técnica de enfermagem comunica a família e aguarda.
  • ·         Projeto Para Sempre (projeto literário que será trabalhado por todo o semestre e pedaço do próximo, onde ao final teremos a nossa Mostra Literária, importância do projeto, a questão dos valores humanos, apoio da família)
  • ·         Jornada Científica (importância, aprendizado e avaliação) – trabalho escrito, trabalhos práticos, apresentação, apoio da família
  • ·         Caderno (organização, capricho, zelo)
  • ·         Avaliação ocorre sempre no 1º horário, exceto nos dias que ocorrerem outras disciplinas nestes horários
  • ·         Reforço dos conteúdos em casa (estarei postando no meu blog atividades extra-classe – fins de semana). Lá os pais também podem sugerir alguns conteúdos ou atividades que queiram que sejam sistematizadas: atividades prontas para impressão com gabarito, jogos pedagógicos para sistematizar os assuntos estudados, vídeos de aprofundamento, dicas de estudo, etc)
  • ·         LANCHE: tentar sempre enviar lanches saudáveis, estimular as crianças, perguntar se a criança está lanchando (inclusive do kit lanche), existem alguns alimentos que por mais as crianças sejam estimuladas elas apresentam certa resistência. Observar a data de validade, o aspecto do alimento, o que acompanha o alimento, etc;
  • ·         Disposição da sala: a turma geralmente sentará em duplas, trios e grupos, em algumas aulas poderá ocorrer que sentem individualmente, neste caso a preferência de sentar na frente são dos alunos laudados, com muita dificuldade de aprendizagem ou crianças de estatura baixa.
  • ·         Aniversariantes: agendar junto à coordenação que reservará o dia, horário e  o espaço adequado.
  • ·         O envio das avaliações tem um prazo em média de 10 dias após a realização da última prova para ser corrigida e enviada para casa.
  • ·         Armário da sala de aula: os livros didáticos, caderno, livro “Para Sempre”, livros literários, dicionários,  material matemáticos como: material dourado, dados, fita métrica, dinheirinho, assim como a lupa, giz de cera deverão ficar com a professora. Alguns materiais como régua, lápis de escrever e de cor, canetinha, estojo, borracha, apontador e pasta com elástico deverão ficar sempre na mochila do aluno (alguns materiais solicitados na lista foram devolvidos para ficar em casa e devem ser repostos sempre que necessário).



segunda-feira, abril 30, 2018

Rotina escolar

Orientações para a organização das atividades diárias
Giselle Farias

De um professor novato a um experiente, todos devem saber como organizar uma rotina, pois facilita o gerenciamento da sua aula. A rotina escolar é uma seqüência de atividades que visam a organização do tempo que o aluno permanece na escola. Apóia-se na reprodução diária de momentos e nos indícios e sinais que remetem às situações do cotidiano.
De uma canção na entrada à hora do lanche, os alunos já ficam cientes das atividades que se seguirão: “Depois do lanche tem brinquedo no parque”, “Depois da roda a gente desenha, pinta, faz trabalho com massinha”.
A espinha dorsal da rotina são alguns marcos temporais que quase nunca se alteram: a chegada, a roda, o lanche, o pátio, a saída, e é importante manter constantes os parâmetros principais da rotina, para que as crianças se sintam seguras e não se desorganizem.
Entretanto, outros momentos se interpõe, levando em conta o ritmo do grupo, que é dinâmico. Assim, constantemente surgem novas experiências e alterações, mas o professor se manterá em seu papel de “porto seguro”.
Uma rotina compreensível e claramente definida é, também, um fator de segurança. Serve para orientar as ações das crianças e dos professores e favorece a previsão de situações que possam vir a acontecer. As atividades de rotina são aquelas que devem ser realizadas diariamente, oportunizando as crianças o desenvolvimento e a manutenção de hábitos indispensáveis à preservação da saúde física e mental como, por exemplo, a organização, a higiene, o repouso, a alimentação correta, o tempo e os espaços adequados, as atitudes, as atividades do dia, etc.
Por caracterizar-se como facilitadora da aprendizagem, a rotina, então não deve transformar-se numa planilha diária de atividades, rígida e inflexível, exigindo a adaptação da criança a ela. A flexibilidade, portanto, é fundamental e a criança precisa aprender a lidar com o inesperado.
A organização do tempo precisa ensejar alternativas diversas e, frequentemente, simultâneas de atividades mais ou menos movimentadas, individuais ou grupais, que exijam maior ou menor grau de concentração da atenção; determinar a hora do repouso, da alimentação, da higiene, a hora do brinquedo, da recreação, do jogo e do trabalho sério.
Não podemos esquecer que as atividades organizadas contribuem, direta ou indiretamente, para a construção da autonomia: competências que perpassam todas as vivências das crianças.
Os alunos vão chegando e logo ficam curiosos para definir e conhecer o que ocorrerá no dia, por isso a importância da rotina e da sala de aula possuir um quadro de rotinas. Com um quadro de rotinas é fácil determinar as ordens das tarefas junto com os alunos, principalmente na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino fundamental. Então é fundamental que cada o professor confeccione o seu, pois sempre começa o dia mostrando para a turma as atividades que fazem parte daquele dia. Isso ajuda a controlar a ansiedade da garotada. O ideal é que ele fique em lugar bem visível.

Tempo e chamada

Na Educação Infantil o primeiro passo da rotina é a caracterização do dia em termos de calendário (Que dia é hoje? Em que mês estamos? Que dia foi ontem? E que dia será amanhã? Se tiver alguma data especial o professor deve conversar sobre ela com seus alunos: data cívica ou aniversário de algum aluno - mesmo que tenha ocorrido num feriado ou fim de semana), tempo (a estação do ano é relembrada e verifica-se se algumas características estão presentes no dia. As condições climáticas são, então, registradas através de cartaz do tempo).
Finalizada essa etapa, é iniciada a chamada interativa: o professor sugere ao grupo que observe e verifique quem está presente e quem faltou. Após nomearem os faltantes, então começa a chamada propriamente dita, que pode ser realizada de diversas formas: preenchendo o quadro “Quantos somos?”, ou num quadro que possua as fichas de todos os alunos (retira-se as fichas dos que estão faltando e em seguida conta-se quantos alunos estão presentes, podendo ser até um momento para trabalhar com os nomes dos alunos), bonequinhos com o nome dos alunos para colocar num quadro específico (pode-se fazer como o exemplo anterior),entre outros modelos. Qualquer que seja o modelo escolhido deve-se fazer a contagem dos presentes, separar em grupos (meninos e meninas) e sua totalização novamente. Toda essa atividade de chamada interativa vai permitir a descoberta e consolidação de valores, além de ser muito agradável para a criança pelo seu caráter lúdico e participativo, valorizando a presença de cada um e permitindo, embora dentro da rotina, muitas variações.
No Ensino Fundamental essa etapa pode ser simplificada falando sobre a data do dia (Dia, mês e que ano estamos? Tem alguma data especial que se comemora hoje? Pode ser data cívica ou aniversário de algum aluno). A chamada também é primordial, mas pode ser feita de maneira mais simples.

Ajudante do dia

A escolha do ajudante do dia pode ser efetuada com várias dinâmicas: um casal por dia ou apenas um ajudantes, alternadamente menino/menina, escolhido através de sorteio, ordem alfabética. No caso do Ensino Fundamental pode ser o representando e vice em dias alternado mais um aluno.
A esses ajudantes, nesse dia, caberá colaborar em todas em todas as tarefas, tais como: distribuir materiais, bilhetes, organizar a sala, etc.


Atividades do dia

As atividades apresentadas para o dia devem constar no quadro de rotina: atividade individual, em grupo, vídeo, informática, explicação e correção do dever de casa, jogos, etc.
O tempo gasto em cada atividade é um elemento importante, por isso teve ser pensado desde o planejamento, para não colocar excesso de atividades.



A importância da roda

A roda é um dos momentos de grande interação. Implica a expectativa de algum fato relevante, pois algo de importante vai acontecer quando todos sentam numa roda. Para o professor, é uma oportunidade de observar os alunos e as relações entre eles: duplas ou trios que se sentam perto, conversam, trocam objetos, riem.
Nos primeiros dias de aula, a proximidade da roda permite que os alunos se conheçam melhor, observando semelhanças e diferenças por meio de um jogo de identificação iniciado pelo professor: “Tem criança com camisa azul”, “Tem criança com bota”. Mesmo não sabendo ainda o nome dos colegas, as crianças se voltam para os indicadores, acompanhando a nomeação de cada um: “Davi vai mostrar sua mochila nova”, “Quem está de blusa verde vai pegar a caixa de botões”. Todo o grupo se envolve na adivinhação e às vezes descobre quem é o aluno.
A “roda de novidade” deve fazer parte da rotina desde os primeiros dias de aula. No início, o professor traz os objetos para serem explorados, e os alunos são praticamente espectadores. Mas a roda evolui quando as crianças começam a trazer as novidades de casa – uma fruta, um brinquedo, uma revista, toquinhos de madeira, algumas fotos e até uma caixa cheia de tampinhas de refrigerante. O que for significativo para a criança pode ir para a roda, desde que o dono queira. Uma das possibilidades é criar a “caixa de novidades”. Na chegada, o aluno guarda o objeto, que depois de exibido na roda volta para a caixa ou vaio para a mochila, conforme a criança desejar.
A novidade pode desencadear várias atividades, como jogos, brincadeiras e histórias, e faz a ponte entre a casa e a escola, permitindo identificações, além de incentivar o início das relações de interação e troca entre os alunos. A roda pode ser o primeiro momento de centralização das atividades do dia. Nela se tem um espaço privilegiado no qual se pode desencadear a exploração de temas e o amadurecimento das idéias. Mas para isso é de grande importância a participação dos alunos por meio de comentários e discussões.
Na Educação Infantil a roda faz parte da rotina diária, podendo ocorrer mais de uma vez ao dia se necessário. Já no Ensino Fundamental pode ser inclusa como forma de trabalho, para uma explicação de conteúdo, experiência onde os alunos possam ficar mais próximos, durante um jogo, entre outras situações que o professor julgue necessária, pode ou não fazer parte da rotina diária.

Um de cada vez

No início do ano, é comum o professor estimular a participação das crianças tentando fazer com que falem, façam comentários, manipulem brinquedos. Mas chega um momento em que começa uma avalanche: as crianças não escutam, só falam, e quase todas ao mesmo tempo. Os interesses se voltam para um determinado objeto,às vezes disputado no “vale-tudo”.
Situações como essa podem representar um desafio para o professor, na medida em que ele se vê obrigado a repensar atividades para torná-las mais adequadas aos movimentos do grupo.
É hora de coordenar ações coletivas. Essa organização, na verdade, deve ser feita logo no início do ano, e constituirá a estrutura de apoio das relações e da convivência.
Um dos instrumentos dessa estrutura são os “combinados”, os acordos do tipo “cada um tem sua vez de falar”, “brinquedo não vai para o pátio”, “não é para rabiscar nem rasgar os livros”.
Temas como esses também podem ser discutidos numa “roda de conversa”. Se, por exemplo, os alunos estão deixando as peças dos jogos de encaixe espalhadas, sem se preocupar em guardá-las nos lugares certos, pode-se conversar sobre a necessidade de organização para que não se perca nenhuma peça.
É fundamental que os combinados sejam expostos o ano inteiro na sala de aula, seja através de cartaz ou de plaquinhas, para sempre que necessário o professor relembre a turma ou o aluno sobre o que foi combinado anteriormente. E quando precisar pode acrescentar novos combinados à lista que já está exposta, ou criar novas plaquinhas.

Criando autonomia

Aos poucos, depois de muita repetição, as crianças vão se acostumando e acabam reproduzindo os “combinados”, sem a necessidade da intervenção constante do professor. Eles podem, então, ser ampliados: agora as crianças incorporam a necessidade de guardar direito os jogos e brinquedos, sabem esperar sua vez de falar, já podem conhecer a aplicar algumas regras de convivência: “Não vale empurrar o colega, molhar o colega, jogar areia na cabeça do colega”.
Com o tempo, os próprios alunos se empenham em criar novas regras, de acordo com a necessidade surgida na prática. Em todos os sentidos, agem de modo cada vez mais independente, e cabe ao professor facilitar a construção dessa autonomia.

Organização escolar

A organização do espaço escolar deve criar condições para que as atividades se desenvolvam de maneira flexível e cooperativa. A renovação deve ser constante, introduzindo materiais novos ou arrumando os antigos.
As crianças brincam em duplas, trios ou grupos maiores. Gostam de construir com sucatas e blocos, fazendo prédios, trens, estradas, e esses aspectos devem ser considerados na configuração e na estrutura do espaço físico e do material usado nas atividades do cotidiano escolar.
A escola deve oferecer um ambiente seguro e favorecer a ampla circulação dos alunos, permitindo que subam e desçam, levem e tragam, inventem caminhos. É possível também criar espaços como uma casa de boneca, um camarim, onde os personagens se pintam e se fantasiam, põem máscaras e acessórios, o palco com fantoches e um local para a bandinha, de modo que os alunos possam explorar sons e ritmos.

Era uma vez...

Contar uma história é uma experiência de grande significado para quem conta e para quem ouve. Muitas crianças são capazes de antecipar as seqüências emocionantes e reagem escondendo-se atrás do amigo, apertando as mãos, arregalando os olhos. Depois, o suspiro de alívio e do riso quando o herói venceu os obstáculos.
Na história, a criança se projeta momentaneamente nos personagens e penetra no mundo da fantasia, vivenciando um contato mais estreito com seus sentimentos e elaborando seus conflitos e emoções. A história funciona como uma ponte entre o real e o imaginário. Por meio da história, a criança observa diferentes pontos de vista, vários discursos e registros da língua. Amplia sua percepção de tempo e espaço e seu vocabulário.
Para que esse seja um momento prazeroso, é fundamental que se escolha uma história com a qual a criança possa se identificar. Além disso, convém criar um clima de aconchego, construindo uma interação positiva.
O professor vai se transformando num contador de histórias quando se liberta do texto escrito e observando as reações das crianças, ouvindo seus comentários, fazendo dessa hora um momento de emoção. Assim poderá reajustar a narrativa, introduzindo, acrescentando ou até suprindo detalhes para torná-las mais significativa para o grupo.

É melhor ler ou contar?

Há vários modos de apresentar as histórias para as crianças. A maioria delas alcança sua melhor forma de expressão se forem contadas; outras se forem lidas, pois assim ganham mais brilho, e até exigem que sejam mostradas as ilustrações.
Quando se conta uma história, em vez de ler o livro para os alunos, está-se permitindo que os significados simbólicas e interpessoais da narrativa sejam atingidos plenamente.
Pode-se contar a história sem mostrar a ilustração logo de início, pois às vezes a intermediação do texto obriga o contador a dividir sua atenção entre a narrativa e os ouvintes. Além disso, é possível criar um clima que permita à criança liberar sua imaginação e viver sua fantasia. Entretanto, além de contar, é importante que o professor também leia histórias.
É sempre bom fazer um estudo prévio do texto antes de contar ou ler a história. Se conhecer o enredo, o ambiente, os personagens e as falas, o professor poderá fazer uma narração e uma interpretação mais precisas e convincentes.

Sugestão de rotina:


Ø Educação infantil:
· Acolhida: saudação, oração, guarda de material, músicas, etc.
· Quadro de rotina
· Rodinha (conversa sobre como eles estão, hora da novidade, etc.)
· Calendário (dia, mês, ano, aniversariantes, etc.) e tempo;
· Chamada interativa ou “Quantos somos?”
· Escolha do ajudante do dia;
· Retomar o dever de casa do dia anterior (cada um deverá mostrar o que fez, o que mais gostaram de fazer, etc. Caso algum aluno tenha feito de forma incorreta, retomar com ele num momento oportuno para que ele corrija ou refaça caso seja necessário)
· Atividade de sala (individual, grupo, desenho, informática, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura, modelagem, etc.)
· Parquinho
· Lanche
· Escovação
· Atividades de sala
· Dever de casa (passando dever de casa)
· História
· Relaxamento com música

Ø Ensino Fundamental

· Calendário (dia, mês, ano, data cívica, aniversariantes)
· Quadro de rotina
· Dever de casa (passando e explicando o dever do dia)
· Agenda
· Chamada
· Dever de casa (correção dos deveres passados em dias anteriores)
· Atividades de sala (individual, grupo, informática, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura, caderno, livro, etc.)
· Lanche
· Escovação
· Recreio
· Atividades de sala
· Organização da sala



1ª publicação deste artigo na internet: 03/09/2008

Bibliografia:

AROEIRA, Maria Luísa C.; SOARES, Inês B. & MENDES, Rosa Emília de A. Didática de pré-escola: vida criança: brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996.

MORANGON, Cristiane. Um quadro de rotinas. Revista Nova Escola. Edição nº160. São Paulo: Editora Abril, março, 2003.

SANT’ANA, Ruth B. Rotina e experiências formativas na pré-escola. GT: Educação de crianças de 0 a 6 anos.nº 07. Tese (Doutoramento em Psicologia Social). Pontícia Universidade Católica, São Paulo, 2002

SIGNORETTI, A. E. R. S.; MONTEIRO, K. K & DAVÓLIO. R. A. C. Rotina escolar: orientações para professor e aluno organizarem as atividades diárias. Revista do professor. Porto Alegre, jul./set. 2000.