Leitura e interpretação
textual
O que é
cultura maker?
Criar e construir com as próprias mãos.
Esse é o princípio da cultura maker,
expressão que, em português, é muitas vezes traduzida como “colocar a mão na
massa” e desenvolver as próprias invenções.
Nos últimos anos, a cultura maker vem ganhando espaço na
casa das pessoas e em instituições públicas e privadas, onde crianças e jovens
se debruçam sobre determinado projeto, desde a concepção da ideia até a
finalização da montagem.
“Você
não precisa necessariamente de recursos tecnológicos ou objetos modernos para
criar algo. Pode construir com o que tem disponível”, diz Rita de Camargo, do
Instituto Catalisador, organização que implanta práticas “mão na massa” em
escolas e espaços educativos. “É possível inventar com gravetos, folhas e
pedrinhas”, complementa Simone Lederman, também do instituto.
“Não
sou criativo”
Uma das premissas da cultura maker é a de que qualquer um
pode criar os próprios projetos e que todos podem ter momentos de criatividade
– não apenas as pessoas que se dizem criativas. “Você não nasce criativo.
Nós construímos a criatividade trabalhando com os outros, observando o mundo
que nos cerca”, diz Simone. “O ambiente é que proporciona criatividade”,
completa Rita.
Foi
o que aconteceu com Pedro Henrique T., de 13 anos. “Um dia, eu estava na
marcenaria [do projeto em que ele estuda] ajudando a fazer carrinhos de rolimã
e perguntei ao professor se tinha uma madeira grande para cortar um círculo.
Foi assim que começou a ideia de fazer um estudo do Capitão América”, conta
ele.
Cultura maker no
dia a dia
A seguir, veja mais exemplos do que a
cultura maker pode
gerar e se inspire para ter suas ideias:
“Eu já fiz duas casas: uma para minhas
bonecas Lol e uma para ‘feijões’ [cápsulas de plástico] que descem por um
escorregador. Além disso, fiz um cofre para Monster High [marca de bonecas] e
uma caixa de maquiagem”, Giulia C., 8 anos.
“Criei um quadro para guardar um guia da Comic Con
[evento de cultura pop], fiz duas espadas de madeira, máscaras e caixinhas para
colocar meus bonequinhos pop”, Luigi C., 13 anos.
“Estou ajudando a fazer uma estante para uma
biblioteca. Nós já fizemos carinhos de rolimã, skate. Eu já cortei madeira, já
desenhei moldes…”, Vinícius da Costa S., 11 anos.
“Eu
ajudei a fazer os carrinhos de rolimã da minha escola e fiz um taco para jogar
taco”, Otávio S., 11 anos.
Dicas
“Antes de
fazer alguma coisa, acho que é importante ter um planejamento. Você pode fazer
um desenho do que vai fazer e ver o que vai precisar, para não gastar dinheiro
e tempo com coisas de que não precisa”, Valentina J., 8 anos.
“Você
pode se inspirar em coisas que já existem. Quando eu era menor, assistia muito
ao desenho Hot Wheels. Como eu acho esse desenho legal, posso criar alguma
coisa inspirada nele, por exemplo”, Pablo G., 11 anos.
Observação:
SEMPRE peça a ajuda de um adulto para fazer os seus projetos!
Fonte: https://jornaljoca.com.br
Atividade
Após a leitura da reportagem, responda as questões a seguir:
1.
Qual
é o assunto principal da reportagem?
3. Você precisa de recursos tecnológicos
ou objetos modernos para criar algo?
4. Com base na reportagem, dê um exemplo
do que a cultura maker pode
gerar.
5. Quais cuidados uma criança deve ter
antes de iniciar um projeto?
6. Você já criou alguma coisa ou já teve
vontade de criar algo? Explique.
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